AUTO ESTRADA PARA O CÉU - PRIMEIRA TEMPORADA - EPISÓDIO 1
AUTO ESTRADA PARA O CÉU - PRIMEIRA TEMPORADA - EPISÓDIO 2
AUTO ESTRADA PARA O CÉU - PRIMEIRA TEMPORADA - EPISÓDIO 3
AUTO ESTRADA PARA O CÉU - PRIMEIRA TEMPORADA - EPISÓDIO 4
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AUTO ESTRADA PARA O CÉU - PRIMEIRA TEMPORADA - EPISÓDIO 12
AUTO ESTRADA PARA O CÉU - PRIMEIRA TEMPORADA - EPISÓDIO 13
Quando chegarmos no mundo espiritual, que é o lugar onde todos um dia chegaremos, depois que fizermos a passagem dessa existência para a nossa verdadeira existência, o foco dos nossos interesses irá mudar.
Aqui na existência no planeta Terra, existência material, temos o interesse de viver e ser felizes. Colocamos essa finalidade como a nossa principal finalidade. Dessa forma os jovens dizem que precisam "APROVEITAR" a vida.
Baseados nesse paradigma foi cunhada nos anos 1960 e 1970 a sigla "SEXO DROGAS E ROCK AND ROLL". Percebeu-se entretanto que a maioria dessas pessoas que seguiram essa teoria, tiveram fins trágicos ou se tornaram muito infelizes. Suas vidas pareceram destroçadas.
Há um componente no caminho da felicidade terrena e também da felicidade futura no mundo espiritual para onde todos nós iremos que é a espiritualização. O cuidado com a parte espiritual.
Quem não cuida da sua espiritualidade é semelhante a uma pessoa que não toma banho ou não come. Acabará por adoecer, já que todas as nossas doenças físicas tem origem no espírito.
Cuidar da parte espiritual é portanto fundamental para o nosso equilíbrio, e para o cultivo de uma felicidade relativa, já que a felicidade completa não pertence ao mundo material.
A felicidade aqui na terra não é a verdadeira finalidade da nossa existência terrena, e aqueles que a colocam como o foco principal da sua existência, por certo não a encontrarão, porque a vida está cheia de percalços, de aflições e por certo um dia a deixaremos porque o nosso corpo que é a máquina que nos foi dada para existir um dia irá falhar, já que é uma coisa perecível.
Há portanto uma finalidade e uma preocupação principal que deve essa sim ser o foco da nossa preocupação. A finalidade é a "BUSCA DA PERFEIÇÃO".
Jesus já dizia:
Sede vós pois perfeitos, como é perfeito o vosso Pai que está nos céus.
Mateus 5:48
Essas palavras de Jesus revelam algumas verdades. Senão vejamos: Ser perfeito como o pai que é Deus, não é uma tarefa que conseguiremos alcançar aqui nessa vida, pois nem Jesus que era muito mais perfeito do que nós a conseguiu, tendo em vista que ele não se julgava "BOM", pois segundo suas palavras, "BOM" só existe um que é o PAI.
E perguntou-lhe um certo príncipe, dizendo: Bom Mestre, que hei de fazer para herdar a vida eterna?Jesus lhe disse: Por que me chamas bom? Ninguém há bom, senão um, que é Deus.
Portanto não conseguiremos ser perfeitos como o pai, mas devemos buscar essa perfeição. Essa é a principal finalidade da nossa vida aqui na Terra.
Cabe então aqui uma pergunta. Se não conseguiremos ser perfeitos aqui na terra nesse existência, quando conseguiremos essa perfeição? A resposta para essa pergunta é simples. Na eternidade. Na vida eterna. Para isso precisaremos NASCER DE NOVO.
Jesus respondeu, e disse-lhe: Na verdade, na verdade te digo que aquele que não nascer de novo, não pode ver o reino de Deus.
Disse-lhe Nicodemos: Como pode um homem nascer, sendo velho? Pode, porventura, tornar a entrar no ventre de sua mãe, e nascer?
Jesus respondeu: Na verdade, na verdade te digo que aquele que não nascer da água e do Espírito, não pode entrar no reino de Deus.
O que é nascido da carne é carne, e o que é nascido do Espírito é espírito.
Não te maravilhes de te ter dito: Necessário vos é nascer de novo.
O vento assopra onde quer, e ouves a sua voz, mas não sabes de onde vem, nem para onde vai; assim é todo aquele que é nascido do Espírito.
Ao contrário do que pensam os evangélicos, Jesus não está aqui falando de batismo.
Nicodemos dá a Jesus o título de Rabbi, tratando-o como igual. e explica as razões por que o considera também Doutor da Lei: As demonstrações de obras e palavras, Jesus fala em nascer "de novo" ou "do alto". A palavra grega ανουεν pode ter os dois sentidos. João o emprega geralmente no segundo sentido (em 3:31, em 19:11 e em 19:23). Os ,’Pais" da igreja grega (Origenes, João Crisostomo, Cirilo de Alexandria, etc.) e alguns modernos (Calmes, Lagrange, Loisy, Bernard, Joon, Pirot, Tillmann e o nosso José de Oiticica) preferem "do alto". Os "Pais" da igreja latina (Agostinho, Jerônimo, Ambrosio, etc.) e outros modernos (d’Als, Durand, Knabenbauer, Plummer, Zahn, etc.) opinam por "de novo". Um e outro sentido cabem perfeitamente no contexto.
Jesus inicia a conversa afirmando que ninguém pode VER (ιδειν) no sentido de conhecer, ver com a Mente, identificar-se, e portanto viver) o Reino dos céus (mais abaixo é usado "Reino de Deus" como sinônimo perfeito) se não nascer de novo, ou do alto. Nicodemos indaga como pode nascer pela segunda vez um homem velho se poderá voltar para o ventre materno". Esta pergunta revela que o mestre de Israel entendeu "de novo" sem a menor dúvida. O Rabbi não retira o que disse: ao contrário, confirma-o, especificando que o nascimento deveria ser "de água e de esprito" (em grego sem artigo); e dizendo mais: "que o que é carne nasce da carne e o que é esprito provém do esprito" (em grego com artigo). E repete: É necessário nascer de novo (ou do alto). Depois acrescenta: "o esprito age onde quer". As traduções vulgares trazem "o vento sopra onde quer". Ora, a palavra πνευα (pneuma) é repetida no original cinco vezes nos quatro versículos (5, 6, 7 e 8). Por que traduzir quatro vezes por "esprito" e uma vez por vento? Estranho ... Mas há razões para isso. Veremos.
Jesus muda de tom, torna-se mais solene, eleva os conceitos e penetra assuntos mais profundos. Admira-se que Nicodemos não o entenda. Salienta que entre os dois há uma diferença: Nicodemos é "o doutor de Israel", enquanto ele, Jesus, não havia feito os cursos oficiais (Vê-se aparecer em grego o artigo diante da palavra "doutor"). Salienta, então, que até aqui falou de coisas terrenas, e não foi entendido. Que sucederá se falar das celestiais (espirituais)? Depois cita a serpente de bronze, que foi elevada por Moisés (Números.21:4-9), dizendo que o mesmo deverá acontecer ao Filho do Homem. No livro da Sabedoria de Salomão (16:6-7) essa serpente é citada como "simbolo de salvação". Passemos, agora a hermenêutica.
1.“ Interpretação: LITERAL - A adotada pela igreja Católico-Romana. Jesus diz a Nicodemos que a criatura só pode obter o Reino de Deus (salvar-se) se renascer pela Água (que é mesmo a Água física do batismo) e pelo esprito (que é a infusão do Esprito Santo). Dai ser traduzido o versículo 8 por "o vento sopra onde quer", como um simples exemplo da liberdade do Esprito. O batismo é um rito de iniciação que se tornou um "sacramento". A palavra latina sacramentum é a tradução do grego υστεριον , e corresponde aos mistérios gregos que se aplicavam aos profanos que haviam recebido a instrução oral e estavam prontos para ser "iniciados" nos mistérios. Nesse sentido era usada a palavra sacramento. No século 4.”, Ambrsio introduziu no latim a palavra grega mysterium, com o sentido de "coisa oculta", segredo não revelavel a estranhos. O sacramento do batismo é a junto da Água e das palavras que dão o Esprito, e se define: "sinal sensível que exprime e produz a graça santificante, permanentemente instituído por Jesus Cristo" (Tanquerey, Theologia Dogmatica, vol. III, n. 248). E Agostinho (Tratado 80, in Johanne nº 3) confirma: No batismo há palavra e Água.. Tira a palavra, que fica? Água pura. Se a palavra vai unida ao elemento, temos o sacramento. Que fora teria a Água de lavar o coração, se não fossem as palavras"? (Patrol. Lat., vol. 35, col. 1810). Essa é a única interpretação lcita, segundo o Conclio de Trento (sessão 7, cnologia 2):
"Si quis dixerit aquam veram et naturalem non esse de necessitate baptismi, atque ideo verba illa Domini nostri Jesu Christi: nisi quis renatus fuerit ex aqua et Spiritu Sancto" ad metaphoram aliquam detorserit, anathema sit".
"Se alguém disser que não há necessidade de Água verdadeira e natural para o batismo, e igualmente que devem ser interpretadas como metáfora as palavras de nosso Senhor Jesus Cristo: "se alguém não renascer da Água e do Esprito Santo", seja anatema".
Há, pois, uma interpretação fixada como dogma.
2.“ Interpretação: ALEGÓRICA - Foi justamente a condenada pelo Concílio de Trento, cujo artigo se dirigia contra Calvino e Grotius. Essa interpretação ainda é seguida pela maioria dos evangélicos (protestantes). A explicação da "Água" corresponde ao rito do batismo. Mas o "esprito" tem novo significado: É o renascimento moral, a vida nova ou o novo teor de vida no caminho de Cristo. O sentido do renascimento espiritual, com a morte do "homem velho" e o nascimento do "homem novo" e muitas vezes ensinado nas Escrituras, desde o Antigo Testamento: "Retirai de vós todas as vossas transgressões, com que errastes, e fazei-vos um coração novo e um esprito novo" (Ez.18:31); "Também vos darei um coração novo e dentro de vós porei um esprito novo" (Ez.36:26); "Se alguém está em Cristo, é uma nova criatura: passou o que era velho, eis que se fez novo" (2 Cor.5:17); "Não mintais uns aos outros, tendo-vos despido do homem velho com seus feitos e tendo-vos revestido do homem novo" (Col.3:9); e ainda 2 Cor.2:11-13 ou Ef. 4:20-24 e Rom.6:3-11. A tradução adotada no versculo 8 é também "vento", defendendo-se a tradução com a frase do Eclesiastes (11:5): "Tu não sabes o caminho do vento". Entretanto, a a palavra usada não é "πνευα" , mas "ανεος" .
Quanto ao verbo pnei, se é usado com sentido de "soprar" com referência ao vento, também pode significar "agir, exteriorizar-se, manifestar-se" em relação ao esprito. O latim traduz "πνευα" por "spiritus" e "πνει" por spirare, dentro do sentido grego. Mas também em português usamos o mesmo radical, quer se trate do esprito (inspiração) quer se trate do vento (respiração), que se divide em inspiração e expiração; e quando o esprito se retira, dizemos que a pessoa "expirou".
3.“ Interpretação: FISIO-REALISTA - Aceita pelos espiritistas, como ensino da realidade fisiológica do que ocorre com as criaturas. A tradução de " ανουεν " é "de novo", tal como a entendeu Nicodemos, que pergunta como pode "o homem, depois de velho, entrar pela segunda vez ( δευτερον ) no ventre materno". A essa indagação, longe de protestar que não era isso o que queria dizer, Jesus insiste e confirma suas palavras: "É o que te disse: indispensável se torna que o homem nasça de Água (isto é, materialmente, com o corpo denso, dado que o nascimento físico é feito através da bolsa d ’agua do liquido amniótico) e de esprito (ou seja, que adquira nova personalidade no mundo terreno, em cada nova existência, a fim de progredir). Se Nicodemos entendeu letra as palavras de Jesus, o Mestre as confirma letra a letra e reforça seu ensino. Com efeito, o esprito, ao reentrar na vida física, pode ser considerado novo esprito que reinicia suas experiências esquecido de todo o passado. Em grego não há artigo diante das palavras "água" e "espírito". Não é portanto nascer da água do batismo, nem do esprito, mas de água (por meio da água) e de esprito (pela reencarnação do esprito). Daí a explicação que se segue: "o que nasce da carne (com artigo em grego) é carne, isto é, É o corpo físico, com toda a hereditariedade física herdada do corpo dos pais; e o que nasce do espírito é espírito" ou seja, o esprito que reencarna provém do esprito da ultima encarnação, com toda a hereditariedade pessoal que traz do passado". E Jesus prossegue: "por isso não te admires de eu te dizer: É-vos necessário nascer de novo". Observe-se a diferença de tratamento: "dizer-TE" no singular, e "É-VOS" no plural, porque o renascimento é para todos, não apenas para Nicodemos. E mais: "o esprito sopra (isto É, age, reencarna, se manifesta) onde quer, e não sabes donde veio (ou seja, sua ultima encarnação), nem para onde vai (qual será a próxima). As palavras de Jesus foram de molde a embaraçar Nicodemos, que indaga: "como pode ser isso"? E Jesus: "Tu que (entre nos dois) És o Mestre de Israel, te perturbas com estas coisas terrenas? Que te não acontecerá, então, se te falar das coisas celestiais (espirituais)"?
Logicamente Jesus não podia esperar que Nicodemos entendesse as outras interpretações mais profundas desse ensinamento (como dificilmente poderia ter querido ensinar o rito do batismo, que não havia ainda sido instituído nem ordenado por ele, a essa Época, quando só havia o "batismo" de João). Depois exemplifica: "como Moisés ergueu a serpente no deserto, assim o Filho do Homem será erguido da Terra ". Paulo interpreta assim esse ensinamento de Jesus: "Mas quando apareceu a bondade de Deus, nosso Salvador, e o seu amor para com os homens, não por obras de justiça que tivéssemos feito, mas segundo sua misericórdia nos salvou pelo processo da reencarnação, e pelo renascimento de um esprito santo" (Tit.3:4-5).
Mas quando apareceu a benignidade e amor de Deus, nosso Salvador, para com os homens,
Não pelas obras de justiça que houvéssemos feito, mas segundo a sua misericórdia, nos salvou pela lavagem da regeneração e da renovação do Espírito Santo,
As palavras utilizadas são bastante claras e insofismáveis: lavagem (lavar com água; λουτρον da reencarnação: παλιγγενεσια que é o termo técnico da reencarnação entre os gregos; pelo renascimento (anaxinseos) isto é, um novo nascimento).
Paulo, pois, diz que Deus nos salvou não porque o tivéssemos merecido, mas por Sua misericórdia, servindo-se da palingenesia (isto é, da reencarnação) a qual é uma "lavagem" (de Água) e um "renascimento" do espírito. Que o renascimento é feito através da Água, já o diz o Genesis (cfr.1:1-2; 1:6-7 e 2:4-7).
4.“ Interpretação: SIMBÓLICA Para compreendê-la, estudemos algumas palavras: NICODEMOS - significa "vencedor" do povo e exprime alguém que já venceu a inércia da massa popular por seus conhecimentos das Escrituras, já se destacou do "vulgo profano superando sua natureza inferior. DE NOITE - talvez signifique que Nicodemos procurou o Mestre em corpo astral (ou mental) durante o sono físico. Nessa condição ser-Ihe-ia possível manter conversações mais íntimas. E João poderia ter assistido a ela, pois algumas cenas dos Evangelhos foram assistidas nessa condição (por exemplo, a "transfiguração": Pedro e seus companheiros (Tiago e João) estavam oprimidos de sono, mas conservavam-se acordados", Luc.9:32).
E Pedro e os que estavam com ele estavam carregados de sono; e, quando despertaram, viram a sua glória e aqueles dois homens que estavam com ele.
Nesta interpretação, descobrimos um sentido diferente do diálogo literal entre os dois, o Rabbi e o Doutor da Lei, o Mestre Espiritual e o Mestre Intelectual. Antes de qualquer pergunta, Jesus dá a frase chave do novo ensinamento que vai ministrar: "É necessário nascer de novo para ver o Reino dos céus" - Nicodemos entende que Jesus lhe fala da reencarnação, fato já conhecido por ele, pois, sendo fariseu, aceitava normalmente a reencarnação, e não podia de modo algum estranhar o fato nem ignorar sua realidade. Para confirmar esta assertiva, leia-se apenas esse trecho de Flávio Josefo: "Ensinam os fariseus que as almas são imortais e que as almas dos justos passam, depois desta vida, a OUTROS CORPOS" ... (Bell.Jud.2, 5, 11).
Como, pois, Nicodemos podia ignorar esta doutrina, a ponto de admirar-se tanto e fazer uma objeção pueril? Compreendamos sua frase, quando pergunta a Jesus: "Como poderá (bastar) um homem renascer depois de velho? Acaso poderá (bastar) que ele entre pela segunda vez no ventre materno, para (só com isso) ver o reino dos céus"? Jesus então reafirma sua tese, mas ampliando-a, elevando-a de nível tornando-a universal: Não só do nascimento físico na matéria que ele fala. Não só do microcosmo: É do macrocosmo, de que falara em Mateus (19:28): "Em verdade vos digo que vós, que me seguistes, quando na reencarnação (palingenesia) o Filho do Homem se assentar no trono de sua glória, sentar-vos-eis também em doze tronos, para julgardes as doze tribos de Israel".
Trata-se, aqui, da reencarnação ou renascimento do planeta. Explica então: o que nasce da carne é carne, é matéria corruptível, mas a que nasce do "esprito" é o Esprito eterno, que não necessitará mais da carne para progredir. Só nasce na carne o que está sujeito ás leis do Carma (individual, grupal, coletivo ou planetário): esse ainda é carne, ainda terá que nascer da água, porque está preso baixa densidade. Mas o que nasce do espírito se liberta, ascende a outros planos.
Doutra maneira, que farão os que se batizam pelos mortos, se absolutamente os mortos não ressuscitam? Por que se batizam eles então pelos mortos?
Por que estamos nós também a toda a hora em perigo?
Eu protesto que cada dia morro, gloriando-me em vós, irmãos, por Cristo Jesus nosso Senhor.
Se, como homem, combati em Éfeso contra as bestas, que me aproveita isso, se os mortos não ressuscitam?
Comamos e bebamos, que amanhã morreremos.
Mas alguém dirá: Como ressuscitarão os mortos? E com que corpo virão?Insensato! o que tu semeias não é vivificado, se primeiro não morrer.E, quando semeias, não semeias o corpo que há de nascer, mas o simples grão, como de trigo, ou de outra qualquer semente.Mas Deus dá-lhe o corpo como quer, e a cada semente o seu próprio corpo.Nem toda a carne é uma mesma carne, mas uma é a carne dos homens, e outra a carne dos animais, e outra a dos peixes e outra a das aves.E há corpos celestes e corpos terrestres, mas uma é a glória dos celestes e outra a dos terrestres.Uma é a glória do sol, e outra a glória da lua, e outra a glória das estrelas; porque uma estrela difere em glória de outra estrela.Assim também a ressurreição dentre os mortos. Semeia-se o corpo em corrupção; ressuscitará em incorrupção.Semeia-se em ignomínia, ressuscitará em glória. Semeia-se em fraqueza, ressuscitará com vigor.Semeia-se corpo natural, ressuscitará corpo espiritual. Se há corpo natural, há também corpo espiritual.Assim está também escrito: O primeiro homem, Adão, foi feito em alma vivente; o último Adão em espírito vivificante.Mas não é primeiro o espiritual, senão o natural; depois o espiritual.O primeiro homem, da terra, é terreno; o segundo homem, o Senhor, é do céu.Qual o terreno, tais são também os terrestres; e, qual o celestial, tais também os celestiais.E, assim como trouxemos a imagem do terreno, assim traremos também a imagem do celestial.E agora digo isto, irmãos: que a carne e o sangue não podem herdar o reino de Deus, nem a corrupção herdar a incorrupção.Eis aqui vos digo um mistério: Na verdade, nem todos dormiremos, mas todos seremos transformados;Num momento, num abrir e fechar de olhos, ante a última trombeta; porque a trombeta soará, e os mortos ressuscitarão incorruptíveis, e nós seremos transformados.Porque convém que isto que é corruptível se revista da incorruptibilidade, e que isto que é mortal se revista da imortalidade.E, quando isto que é corruptível se revestir da incorruptibilidade, e isto que é mortal se revestir da imortalidade, então cumprir-se-á a palavra que está escrita: Tragada foi a morte na vitória.Onde está, ó morte, o teu aguilhão? Onde está, ó inferno, a tua vitória?Ora, o aguilhão da morte é o pecado, e a força do pecado é a lei.Mas graças a Deus que nos dá a vitória por nosso Senhor Jesus Cristo.Portanto, meus amados irmãos, sede firmes e constantes, sempre abundantes na obra do Senhor, sabendo que o vosso trabalho não é vão no Senhor.
O ensinamento foi desenvolvido por Paulo na Epístola 1 aos Coríntios, capítulo 15, 35 a 54, quando compara o homem terreno (psíquico) simbolizado em Adão, com a alma vivente (que vive), ao passo que o segundo Adão (Cristo) e portanto o Espírito, o Filho do Homem, é o espírito vivificante (que dá vida). Passou, então, do estado humano ao espiritual, deixou de ser "nascido de carne" para tornar-se "nascido de esprito"; e Paulo prossegue: "o primeiro é da Terra (nascido de carne) o segundo é do céu (nascido do esprito)". E isto porque, prossegue ele, "a carne e o sangue não podem herdar o Reino dos Céus". Jesus falara das "coisas terrenas" e Nicodemos não o percebia bem. Como adiantar-se mais? Como explicar-lhe que o Esprito prossegue na evolução, até chegar a ser o resultado do Homem, "o produto" da Humanidade, ou Filho do Homem (como já era o caso de Jesus)? Ele fala do que "viu", porque estava no céu (no reino espiritual) e de lá "desceu. Os "apocalipses" ou "revelações" dos judeus narram histórias de santos varões que haviam subido a mundos "mentais" conscientemente: esses homens eram denominados serpentes. Nesse sentido é que Moisés "elevou a serpente" no deserto. De fato, a serpente simboliza a inteligência racional ou o intelecto (veja episódio de Adão, quando conquistou o intelecto por meio da serpente), mas quando a serpente é "elevada" verticalmente, significa a Mente Espiritual. Sua elevação se dá na "cruz da matéria" (horizontal sobre vertical), e só depois de elevada na cruz, pode essa serpente conquistar o Reino dos Céus. Todos os que acreditaram nele (que cumprirem seus ensinos) conseguirão a "vida futura", isto é, a vida Espiritual Superior. Então, para "vermos" ou vivermos o Reino dos Céus, o Reino Divino, temos que "nascer de novo" como Filhos de Deus ("Tu és meu Filho, eu HOJE te gerei", Salmo 2:7).
5.“ Interpretação: MÍSTICA - Jesus, a individualidade, ensina ao homem "que venceu o povo" comum, isto é, personalidade é evoluída acima do normal, que para conseguir o Encontro Místico é mister "nascer do alto", no Esprito. A personalidade é pura carne, é matéria, mas a individualidade é celeste, é espiritual. Se renunciarmos ao nosso pequeno "eu", renasceremos "do alto" " viveremos no Reino Divino, não mais no Reino Humano: seremos Filhos do Homem e, além disso, Filhos de Deus. Nesse ponto, estaremos (embora crucificados na carne) unidos Divindade, num casamento místico, perdidos em Deus, "como a gota no Oceano" (BahÆ’u’llÆh): seremos UM com o Todo, porque "eu e o Pai somos um" (Jo. 10:30). Para consegui-lo, é preciso ter sido "suspenso" na cruz, como a serpente de Moisés: É indispensável passar por todas as crucificações da Terra, por todas as iniciações duras e difíceis, dando testemunho da FÉ em Cristo, ao VIVER seus ensinamentos.